Custo da tecnologia é entrave para a saúde, dizem pacientes

Estudo mostra que apenas 34% dos brasileiros estão bem informados sobre os recursos para integração dos cuidados com a saúde

20 Jul, 2016

A área da saúde no Brasil não é entendida de forma integrada por pacientes e profissionais da área, mas ambos conseguem notar o valor que tal integração poderia trazer. Esta é uma das conclusões do Future Health Index (FHI), um estudo realizado pela Philips em 13 países para revelar a forma como cada um deles está posicionado para atender a longo prazo os desafios da saúde mundial. O Brasil recebeu uma pontuação global de 50,6 de um total possível de 100 pontos, com destaque para o crescente interesse e confiança em soluções tecnológicas, a necessidade de um esforço combinado com o intuito de aumentar o acesso a serviços de assistência médica, e maior educação sobre os benefícios da adoção de tecnologias.
 
A pesquisa no Brasil revelou que poucos pacientes e profissionais acreditam que o sistema de saúde atende às necessidades dos pacientes, e ambos entendem que é preciso aumentar o acesso à saúde pública. O custo de dispositivos de saúde conectados é considerado uma barreira entre os pacientes (45%) e profissionais de saúde (56%), assim como a burocracia do sistema de saúde para 42% dos pacientes e 39% dos profissionais de saúde. Apenas um terço dos pacientes (34%) estão bem informados sobre as tecnologias conectadas de cuidados com a saúde, em comparação com 58% dos profissionais de saúde. Por outro lado, a maioria dos pacientes (79%) e dos profissionais de saúde (84%) acreditam que as tecnologias conectadas de cuidados com a saúde sejam algo importante para a melhoria da saúde da população.
 
A maioria dos pacientes e dos profissionais de saúde (69% e 85%, respectivamente) acham que os sistemas integrados de saúde e as tecnologias conectadas podem melhorar a qualidade dos cuidados aos doentes, e a maioria dos médicos (88%) concorda que a integração pode ter um impacto positivo direto sobre a gestão de saúde da população.

Com o Future Health Index, a Philips procurou saber das oportunidades para a tecnologia digital conduzir transformações na saúde com um sistema mais integrado e coordenado em hábitos para uma vida saudável, prevenção, diagnóstico, tratamento e atendimento domiciliar. Mais de três quartos (76%) dos profissionais de saúde, em mercados desenvolvidos, concordam que seus pacientes têm acesso aos tratamentos necessários para condições médicas atuais e futuras. Nos mercados emergentes, essa relação cai para pouco mais da metade (58%). No Brasil, essa estatística ficou abaixo de 25%.

Metodologia
 
O estudo, que será atualizado anualmente, ouviu mais de 2.600 profissionais de saúde e 25 mil pacientes na Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Japão, Holanda, Singapura, África do Sul, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA. Atribuindo a cada país pesquisado uma pontuação média que poderia chegar a 100, o relatório FHI mostra a percepção de cada mercado sobre os benefícios da integração entre os sistemas de saúde e o interesse pela adoção dessas tecnologias. Os Emirados Árabes Unidos alcançaram a pontuação mais alta (65,3 pontos) entre os países participantes, sendo que a Holanda e a China também ficaram bem colocados, com pontuações de 58,9 e 58,1. Por outro lado, Alemanha, Brasil e Japão receberam as pontuações mais baixas, com 54,5, 50,6 e 49,0, respectivamente.
 
Apesar dos progressos em relação aos registros médicos universais em alguns mercados, a maioria dos pacientes (74%) relata ter de repetir a mesma informação para vários profissionais de saúde, e a maioria (60%) também teve de repetir os mesmos exames. Enquanto isso, apesar de 60% dos pacientes possuirem ou utilizarem um dispositivo conectado para monitorar vários indicadores de saúde, apenas 33% já compartilharam essa informação com o seu médico.
 
Essas médias foram ainda menores no Brasil, comparando-se com os resultados nos 13 países pesquisados, sugerindo que o país está atrás de outros mercados emergentes. Muitos pacientes dizem que é difícil (60%) obter seus dados de saúde quando precisam, e a maioria (88%) diz que teve de dizer repetidamente as mesmas informações para vários médicos ou profissionais de saúde.
 
Em todos os países pesquisados, os pacientes e médicos mais jovens também são mais propensos a usar e compartilhar informações a partir de dispositivos conectados, comparados aos seus pares mais velhos. Mais da metade (57%) dos pacientes com idades entre 18 e 34 anos relatam possuir pelo menos um dispositivo de vigilância de saúde e 25% sentem que estão bem informados sobre dispositivos de cuidados com a saúde, versus 14% das pessoas com 55 anos ou mais.  (fonte Philips)
 

 

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