Game pode auxiliar na redução de raios-x repetidos

De acordo com um estudo publicado on-line em Radiologia Pediátrica a tecnologia de videogame pode ganhar mais uma utilidade para o seu dispositivo de detecção de movimento para consoles de jogos que pode auxiliar na definição dos parâmetros de exposição a raios-x, reduzindo exames repetidos.

18 Out, 2017

Na pesquisa realizada no Boston Children's Hospital e na Washington University School of Medicine, a equipe liderada por Robert MacDougall, combinou o software proprietário - que desenvolveram -,  capaz de usar os fluxos de vídeo do Microsoft Kinect V2 para calcular a espessura do paciente e acompanhar o movimento e posicionamento do paciente em tempo real, após realizar um procedimento de calibração automatizado de dois segundos.   

Segundo MacDougall, o dispositivo ajudaria os tecnólogos em radiologia a otimizar a qualidade da imagem de raios X através de parâmetros adequados de posicionamento e exposição antes que o paciente tenha sido exposto a radiação."Nós vemos isso como tendo um impacto na redução da imagem repetida, o que economiza recursos hospitalares e evita o paciente de uma exposição desnecessária à radiação", disse ele. "Eu acho que tem potencial para remodelar completamente como os raios-x são adquiridos pela primeira vez em muito tempo".

De acordo com MacDougall, a maneira como os raios-x são adquiridos hoje, ainda é a mesma de 50 anos. “Mesmo que o tecnólogo posicione o paciente corretamente, há tempo suficiente para que ele se mexer enquanto o tecnólogo volta para a área de controle blindada, de onde tem uma visão restrita e distante do paciente, que muitas vezes não é suficiente para efetivamente avaliar o posicionamento correto”, explica.

Os pesquisadores tomaram inúmeras medidas para melhorar a imagem de raios-x, mas a maioria desses métodos se concentrou em melhorar a qualidade da imagem depois que o paciente já foi exposto à radiação. Por outro lado, MacDougall e colegas pretendiam renovar a maneira como o tecnólogo adquire os raios-x pela primeira vez.

Os doutores Benoit Scherrer, PhD, do Boston Children's Hospital e Steven Don da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, esclarecem que a mudança gradual da radiografia analógica de tela de filme para tecnologias digitais, como a radiografia computacional (CR) e a radiografia digital (DR), levou a reduções acentuadas na quantidade de tempo necessário para adquirir imagens de raios-x. Mas, ao mesmo tempo, aceleraram o processo de aquisição que pode estar contribuindo para o aumento de taxas repetidas de aproximadamente 5% para CR e 25% para DR.

Outros motivos mais comuns para imagens repetidas são erros no posicionamento, movimento do paciente e parâmetros de exposição imprecisos. Esses erros potenciais podem resultar de um fluxo de trabalho tecnológico antiquado que foi desenvolvido em uma era de imagens analógicas.

A tecnologia X-Vue

Os esforços dos pesquisadores levaram ao desenvolvimento de um dispositivo de imagem automatizado chamado X-Vue que é composto por quatro componentes principais:

  1. Uma câmera sensora de movimento 3D (Microsoft Kinect V2);
  2. Uma unidade de processamento (Intel Next Unit of Computing);
  3. Uma interface de programação de aplicativos que se comunica com a unidade de processamento;
  4. Uma interface de usuário exibida em um monitor na sala de controle.

O Microsoft Kinect V2 é usado com mais freqüência como sensor de movimento e dispositivo de reconhecimento facial e de voz para o console de jogos Xbox, mas a tecnologia também foi adaptada para aplicativos não usuais, como a manipulação cirúrgica de imagens por ressonância. Neste caso, a câmera sensora de movimento 3D foi montada no tubo de um sistema DR (DigitalDiagnost) com um suporte personalizado em 3D impresso.

O dispositivo X-Vue mede a espessura do paciente em tempo real para minimizar a dose de radiação e exibe informações para garantir uma qualidade de imagem consistente, de acordo com o MacDougall. O tecnólogo pode então ajustar os parâmetros de exposição ao raio-x para obter a imagem mais ideal com a menor dose de radiação.

Outra vantagem notável do dispositivo é que ele é adaptável e neutro do fornecedor - ou seja, o software pode ser usado com diferentes câmeras e qualquer sistema CR ou DR, disse o MacDougall, complementando que "o próprio software é muito modular. Por exemplo, já começamos a testá-lo com sistemas de câmeras diferentes", disse ele. "Começamos recentemente a testar uma câmera chamada CamBoard pico flexx de uma empresa chamada PMD na Europa, e é uma câmera muito menor".

Integração em grande escala

O X-Vue também é flexível no sentido de que ele pode ser usado como um produto autônomo ou ser comercialmente integrado. No sistema atual, há uma grande exibição na sala de controle dos tecnólogos que não é utilizada antes que o tecnólogo adquira uma imagem. “Um dispositivo como o X-Vue pode usar facilmente o monitor existente para exibir sua interface de realidade aumentada, o que permitiria ao tecnólogo visualizar parâmetros e fazer todos os ajustes necessários em uma tela”, disse MacDougall.

Além das imagens de raios-x, o software e a tecnologia atuais permitem aplicações em outras modalidades, incluindo CT e MR, que estão no mapa de desenvolvimento do grupo. Um protótipo de teste hospitalar usando X-Vue produziu feedback muito positivo, de acordo com MacDougall. Nos próximos meses, os pesquisadores vão começar um teste clínico muito maior para quantificar a redução das taxas de repetição, bem como a exposição à radiação.

"Depois de termos os resultados clínicos, planejamos procurar outros parceiros para a integração em larga escala do dispositivo", afirmou. "Nós vemos isso como algo que acontecerá uma vez que os tecnólogos entendam o impacto de ter essa informação". 

Descrição da imagem: A interface do usuário do X-Vue exibe uma sobreposição das três câmaras de exposição ativa (círculos verdes) no campo do detector (caixa branca) em cima do paciente. Um mapa de profundidade (inferior direito) exibe a espessura da parte do corpo. Um rastreamento de movimento usando rastreamento de esqueleto e fluxo óptico fica acima do mapa de profundidade. 

Fonte: AuntMinnie.com/Imagem:cortesia de Robert MacDougall.

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