INCA publica dados sobre câncer em adolescentes e adultos jovens

A doença fez 17.527 vítimas com este perfil entre 2009 a 2013

14 Fev, 2017

 

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e o Ministério da Saúde lançaram, na semana passada, a publicação Incidência, mortalidade e morbidade hospitalar por câncer em crianças, adolescentes e adultos jovens no Brasil: Informações dos registros de câncer e do sistema de mortalidade. O documento traça um panorama do câncer em adolescentes e adultos jovens, com idades entre 15 e 29 anos, no Brasil. Neste grupo etário, a doença vitimou 17.527 jovens de 2009 a 2013 (5% de todos os óbitos no grupo). O câncer foi, no período, a principal causa de morte por doença neste grupo etário e a segunda causa geral atrás apenas de “causas externas” (acidentes e mortes violentas de diferentes tipos).

O trabalho do INCA/MS indica que a taxa média de mortalidade por câncer ajustada de adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos) foi de 67 por 1 milhão, no período de 2009 a 2013. 

O câncer possui padrões diferenciados nas três faixas etárias: crianças (0 a 14 anos), adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos) e adultos (acima de 30 anos). O estudo indica que os tumores mais frequentes em adolescentes e adultos jovens são os carcinomas (34%), linfomas (12%) e tumores de pele (9%).

Em relação à incidência de câncer, a publicação aponta que a mediana das taxas médias no Brasil entre as pessoas de 15 a 29 anos foi de 236 casos/milhão. A taxa é bem superior à verificada em crianças de 0 a 14 anos, de 127/milhão, mas inferior às dos principais tipos de câncer em adultos. O câncer em adolescente e adultos jovens, assim como em crianças, é classificado como “raro”. A maior incidência de câncer em pessoas mais velhas é consequência do maior tempo de exposição a fatores de risco – por exemplo, uma pessoa que fuma durante muitos anos está mais propensa a desenvolver um câncer de pulmão.

“O câncer em crianças, adolescentes e adultos jovens é considerado uma doença rara, mas existe e é a principal causa de morte por doença neste grupo etário. Ele é curável, mas é preciso ter conhecimento de que existe e fazer o diagnóstico. É comum que adolescentes e adultos jovens resistam em procurar atendimento médico. Em geral, eles são independentes dos pais suficientemente para tomarem decisões, mas ainda não têm o amadurecimento para tomar decisões mais sérias, como a de procurar um especialista", explicou a médica Beatriz de Camargo, pesquisadora do INCA e uma das autoras do estudo.

As localizações mais frequentes dos carcinomas em adolescentes e adultos jovens são no trato geniturinário (taxa de incidência de 24,83/milhão), tireoide (14,18/milhão), mama (12,46/milhão) e cabeça e pescoço (4,57/milhão), aponta o estudo.

 

Novo protocolo

O Ministério da Saúde lançou também o primeiro Protocolo de Diagnóstico Precoce do Câncer Pediátrico. A publicação vai auxiliar profissionais da saúde a conduzir casos suspeitos e confirmados dentro de uma linha de cuidado, com definição de fluxos e ações desde a atenção básica até a assistência de alta complexidade. A intenção é oferecer aos profissionais mais segurança para considerar os achados clínicos com a idade, sexo, associação de sintomas, tempo de evolução e outros dados, para que possam suspeitar corretamente e conduzir o caso ao diagnóstico de maneira rápida e eficaz. A publicação estará disponível no site do Ministério da Saúde. Com informações do INCA.

 

 

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